Crónicas de enjoo

Este artigo da dra. Constança Cunha e Sá, que tanto aplauso recebeu nos blogues do "Eixo do Mal", é completamente irrelevante para o que está em discussão. O caso Crespo, em que de resto também manifestei dúvidas pelo facto de o jornalista da SIC não ter sustentado bem a sua crónica, já faz parte da pré-História. Não é isso que está em cima da mesa. Com os indícios de que a TVI pode ter sido tomada de "assalto", Crespo não interessa para nada. Juridicamente, também é um artigo errado. Só mais faltava que o próprio ofendido não pudesse reagir em público, numa crónica, contra alguém que o ameaçou mesmo numa conversa particular. Não gosto de bufos, mas também não gosto de gente que não se sente. De qualquer maneira, como é fácil perceber, a separação entre aquilo que é público ou privado não depende necessariamente do local. Outra nota deste artigo refere os"Mários Crespos que por aí pululam" e o "ambiente de histeria". Claro que é só uma nota de estilo. A dra. Constança Cunha e Sá pertence a uma escola displicente da crónica portuguesa: o jornalismo que vive em permanente enjoo com o mundo. Neste texto, só tem razão no seguinte: este governo só não cai porque não há alternativa. É preciso por isso que o PSD se resolva.