Teoria da imparcialidade

Este post é para mim uma novidade. Um comentador decide declarar os seus interesses depois e só depois de ter atingido aquilo que queria: a vitória do seu candidato (Pedro Passos Coelho). Há dois anos que o comentador anda metido em tudo o que é cenáculo na defesa de Passos Coelho e na crítica aos membros da antiga direcção de Ferreira Leite. Mas não se fica por aqui. Agora que os seus interesses estão na liderança, o autor informa-nos grotescamente que deixou de ter interesses, dando por “terminado" o seu apoio a Passos Coelho. Enganou-nos uma vez e ainda nos quer enganar uma segunda.

Razão tem José Barros na caixa de comentários do mesmo post. Por falar nisso, não há nenhum blog que ponha o José Barros a escrever com regularidade, agora o que o desabrantizante terminou.

José Barros disse

Fazia sentido escrever este post quando se iniciou, há cerca de um ano, uma campanha anti-Ferreira Leite em benefício do, na altura, pretendente ao trono. Aí sim, ficava bem que se dissesse que se estava em campanha para a eleição de Passos Coelho, nessa medida fazendo operar uma declaração de interesses que informaria os leitores dos objectivos do comentário político produzido pelo autor do post. Por outras palavras, os interesses declaram-se à partida, não à chegada a um objectivo político. Nessa medida, este post não passa de uma tentativa frustrada de passar um atestado de estupidez aos leitores. Resta que estes, como se vê pela caixa de comentários do Blasfémias, já há muito passaram a certidão de óbito ao autor do post enquanto analista político. O CAA poderá ser muitas coisas, analista político é que não é.