Queirozologia

Aqueles que criticam Queiroz, pensem bem na Espanha: dez partidas, dez vitórias, uma grande maçada. Com o professor não é assim. Há mais emoção. Mais thriller. Desde o segundo jogo que os restantes passaram a ser de vida ou de morte. E quem não prefere jogos de vida ou morte a treinos para "cumprir calendário" em que se "ensaiam experiências técnico-tácticas". Sobretudo quando nem aqueles conseguimos ganhar e acabamos a fazer contas e a depender de terceiros. Não há nada mais excitante na bola do que depender de terceiros. Assistir com genuíno interesse ao Albânia-Suécia - um objecto televiso para o qual, à partida, o cidadão pagador de impostos se estaria a borrifar. Pena foi que o jogo com Malta não tivesse ficado um a zero. A nervoseira que seriam aqueles minutos finais de cada vez que os malteses passassem o meio-campo. E o alívio, de cada vez que a bola fosse despejada para a bancada. Felizmente a coisa ainda não acabou e vêm aí mais dois joguitos. Mais vida e morte, ou morte e ressurreição. Perder o primeiro por dois ou três para ter que recuperar de uma complicada desvantagem. Não há nada mais estimulante do que ter que recuperar de uma complicada desvantagem. O Queiroz é o nosso mister. Não me lixem.