A frase é velha e normalmente citada na sua versão abreviada, o que lhe retira parte do sentido: "My country, right or wrong. In one sense I say so too. My country; and my country is the great American Republic. My country, right or wrong; if right, to be kept right; and if wrong, to be set right". Ou seja, patriotismo não é acriticismo, complacência ou salto de fé. Um país recente pode confundir-se com quem o governa. Mas isso já não acontece com um país antigo, em que as circunstâncias políticas (governos, leis, regimes) estão longe de esgotar aquilo que é mais constante (terra, povo, língua, a História passada). Gostar do país implica exigência. Querer correr de lá com os aldrabões, com os cleptomaníacos e com os governantes facínoras. Quem disse que a revolução não podia ser um acto patriótico? Como numa outra frase sobre patriotas e patriotismos de que também gosto muito: "To make us love our country, our country ought to be lovely". Nem que seja à bazucada.