Justiça comutativa: a cada um o que é devido


A semana passada acabou para nós com duas referências pessoais simpáticas em blogues bastante distantes. Não nos sentimos obrigados a retribuir, mas temos uma sincera vontade de o fazer.

Nem sempre é bom conhecer a pessoa por trás do blogger. Reduz o poder de fogo, nuns casos, destrói preconceitos estimados, noutros. Deixa-nos mais moles, mais indiferentes. Com o João Gonçalves e com o Val (Valupi, para desconhecidos), não foi o que se passou.


A propósito do Val reafirmamos tudo o que por aqui foi escrito sobre anónimos. Simplesmente retiramo-lo da categoria. Hoje sabemos que o Valupi dá a cara pelo que escreve e isso faz toda a diferença. Para nós é agora tão não-anónimo como, por exemplo, o Maradona.


Continuamos a discordar politicamente sobre as aventuras do primeiro-ministro, mas confirmamos que Sócrates perdeu um assessor nesse fim de tarde. O problema (para nós) é que como compensação ganhou um aliado circunstancial que vale um gabinete inteiro. Mas, enfim, também ficámos conscientes que amanhã, com outras circunstâncias, os aliados serão outros. E então, para variar, poderemos entender-nos durante uns tempos.


O João é – como alguém um dia lhe terá dito – o blogger mais antipático do mundo. Só que para nós a “antipatia” é qualidade. Mais ainda quando as bordoadas são dadas num estilo e português impecáveis. Só não achamos graça quando o alvo é a nossa mãe.

Duarte e Eduardo