Costumo ler o Baptista Bastos no DN. Não gosto dos escritos de Baptista Bastos. Não gosto das ideias e menos ainda daquela prosa barroca com o tal castor debaixo do braço. Mas é precisamente esse desamor que me leva até Bastos. O que procuro nas suas crónicas é esse prazer misterioso e paradoxal da irritação: de uma certa modalidade de irritação.
Ontem, quarta, fui consultar o Bastos. Com enorme surpresa, encontro em Bastos um elogio justo e oportuno a um homem bom. O Bastos até parece aceitar uma ideia que julgava imBastável: a natureza religiosa do ateísmo.
Confuso, tive de concordar. Mas, sem me conseguir irritar, persisti. Acreditei em Bastos e Bastos não falhou. Com o pano a cair, Bastos saca disto:
Confuso, tive de concordar. Mas, sem me conseguir irritar, persisti. Acreditei em Bastos e Bastos não falhou. Com o pano a cair, Bastos saca disto:
Vejam bem: Bastos tem a alma limpa de preconceitos. Bastos é um santo. Bastos não é humano. Bastos não pode ser de cá.