Porque é que o Presidente tem feito uma "leitura errada dos poderes presidenciais"? Se eu puder perguntar, qual seria, Paulo Gorjão, a leitura correcta desses poderes? E não vale a pena referir "narrativas", "desígnios" ou "estratégias". Desçamos ao concreto e explique-se qual seria a leitura acertada dos poderes presidenciais e de que maneira poderia ter sido executada. E porque é que o Presidente tem feito uma "leitura minimalista" desses poderes, como sugere aqui Pedro Correia? Minimalista porquê? Minimalista em relação a Soares ou Sampaio? Deveria Cavaco Silva ter actuado mais vigorosamente contra a maioria de esquerda no plano das guerras culturais? Onde é que o Presidente foi minimalista sem que devesse e onde é que poderia ter sido mais do que minimalista? Que poderia então ter feito? Mais roteiros? Mais vetos? Mais discursos? Novos poderes informais, para além dos já conhecidos. Muito sinceramente, podem explicar?