O método da guerra (cultural) II


O que terá levado o neo-especialista em direito constitucional Eduardo Pitta (hoje em dia é difícil discutir política sem correr o risco de nos cair um constitucionalista em cima) a ilustrar um post sobre o Crespogate com uma fotografia do dito Crespo e Kaúlza de Arriaga, acompanhada da seguinte legenda: Mário Crespo ao lado do general Kaúlza de Arriaga, de quem era adjunto, pouco antes dos massacres de Wyriamu, em 1972 ?

Será que quem foi adjunto e se sentou "ao lado do general Kaúlza de Arriaga", em 1972, “pouco antes dos massacres de Wyriamu”, não tem estatuto moral para criticar o nosso querido PM? E se esse acto de "sentar-se ao lado de" tivesse sido em 1960, ainda antes de ser adjunto e longe dos massacres de Wyriamu, também não tinha? Ou se porventura tivesse acontecido a Mário Crespo ter estado à frente do general Kaulza, em vez de ao lado, não antes mas após os massacres de Wyriamu? Talvez seja mais grave e Mário Crespo deva ser julgado por cumplicidade em crimes contra a humanidade? Ou será que uma coisa (Crespogate) não tem nada a ver com a outra (massacres) e tudo não passa de um apontamento histórico do generoso Eduardo?

Não vale invocar a constituição na resposta.