Regressado de uma semana longe do país e com acesso muito rudimentar à internet, decidi comprar o Expresso. Lendo a crónica de Rui Ramos surpreendeu-me a referência: "um dos actuais concorrentes ao PSD sofreu uma revelação mística: só com o PS se podem fazer reformas".
A surpresa não foram as intenções "bloquistas" (de 'Bloco Central') de um dos candidatos a líder do PSD, porque nele em particular têm sido notórias, mas a sua declarada confissão em pleno período eleitoral interno. Achei que esse coelho só iria sair da cartola de... Coelho depois de estar bem instalado. Nunca acreditei que o pacto germano-soviético fosse confessado agora. Facto é que vi depois online o debate entre PPC e Rangel e lá estava a revelação.
"Paulo, eu estava lá", diz Passos, com o seu ar de galã de telenovela mexicana. E é verdade: estava. Está lá há 3 décadas, mas claramente tem percebido pouco. Escapou-lhe o papel que o PSD desempenhou sozinho em dois momentos históricos mesmo à frente do seu nariz de cera e pullover de gola em bico.
Não percebeu que, como muito bem diz Rui Ramos na mesma crónica: «O consenso que houver para aplicar um PEC não chegará para o resto, que hoje é tudo. Só uma maioria reformista poderá fazer reformas: haverá socialistas que, individualmente, poderão entrar nessa maioria; mas não o PS. Vai ser preciso ter pena de quem no PSD, querendo mudar, não perceber isso».
A surpresa não foram as intenções "bloquistas" (de 'Bloco Central') de um dos candidatos a líder do PSD, porque nele em particular têm sido notórias, mas a sua declarada confissão em pleno período eleitoral interno. Achei que esse coelho só iria sair da cartola de... Coelho depois de estar bem instalado. Nunca acreditei que o pacto germano-soviético fosse confessado agora. Facto é que vi depois online o debate entre PPC e Rangel e lá estava a revelação.
"Paulo, eu estava lá", diz Passos, com o seu ar de galã de telenovela mexicana. E é verdade: estava. Está lá há 3 décadas, mas claramente tem percebido pouco. Escapou-lhe o papel que o PSD desempenhou sozinho em dois momentos históricos mesmo à frente do seu nariz de cera e pullover de gola em bico.
Não percebeu que, como muito bem diz Rui Ramos na mesma crónica: «O consenso que houver para aplicar um PEC não chegará para o resto, que hoje é tudo. Só uma maioria reformista poderá fazer reformas: haverá socialistas que, individualmente, poderão entrar nessa maioria; mas não o PS. Vai ser preciso ter pena de quem no PSD, querendo mudar, não perceber isso».